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A função sexual envolve processos biológicos básicos que se iniciam desde a infância, prosseguem na maturidade e continuam por toda a vida, variando de acordo com valores culturais, conceitos de masculinidade e de feminilidade e tabus sobre comportamento sexual. Aspectos psicológicos e emocionais também afetam de maneira acentuada o comportamento sexual dos indivíduos.
Para algumas mulheres, a menopausa é um período de problemas psicológicos em que o fato de não poder mais gerar filhos propicia sentimento de desvalorização pessoal. Outras mulheres, entretanto, descobrem a sensação de liberdade nesta fase. Já os homens não sofrem com a diminuição da fertilidade tão bruscamente, visto que alguns deles têm filhos depois dos setenta, oitenta anos. Mas o homem pode experimentar crises emocionais que se refletem no seu vigor sexual. O homem idoso não perde a sua função sexual, a idéia de uma terceira idade assexuada é um mito.
Com o avanço da idade há uma tendência à diminuição na freqüência das relações sexuais. Segundo a ginecologista Adriana Kano, após a menopausa a mulher pode apresentar problemas sexuais, como a diminuição da libido, falta de orgasmo, diminuição da lubrificação da vagina e dor durante a relação sexual. “ Esses distúrbio podem ser corrigidos ou amenizados com o uso de medicação apropriada”, explica a médica. Ela afirma, também, que o homem pode apresentar impotência devido a problemas circulatórios e à diminuição da sensibilidade na região do pênis, mas na grande maioria das vezes a impotência se deve a fatores emocionais. A utilização de determinados medicamentos, como anti-hipertensivos, tranqüilizantes, álcool e fumo também podem diminuir a potência sexual.
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Os aspectos psicológicos decorrentes de alguma doença são aspectos que também levam à impotência. A velhice pode constituir por si só uma causa da impotência e pode gerar depressão, ansiedade e angústia. A impotência atinge profundamente o homem gerando baixa auto-estima e infelicidade. Toda situação de impotência deve ser avaliada clinicamente, com destaque para aspectos circulatórios e urológicos. Os cuidados psicológicos são fundamentais e devem estar sempre presentes.
Tanto o homem quanto a mulher continuam a apreciar as relações sexuais durante a terceira idade.As alterações que ocorrem na mulher, como a secura da vagina, ou no homem, como a diminuição no tempo de ereção ou a diminuição da fase de excitação para ambos, não são fatores que chegam a prejudicar o prazer sexual. O prazer sexual é determinado principalmente por uma boa adaptação sexual. A atividade sexual em qualquer idade é demonstração de um estado de boa saúde tanto física como mental. É claro que as necessidades sexuais do idoso são diferentes das do jovem, pois as pessoas mais velhas vivem outro momento da vida, prezam mais a intimidade com seu companheiro ou companheira do que, por exemplo, a freqüência das relações sexuais.
O sexo entre pessoas mais velhas é muito natural e importantíssimo para manter a qualidade de vida. Não há contra-indicações. “Além da satisfação física, o sexo na terceira idade reafirma a identidade de cada parceiro, demonstrando que cada pessoa é valiosa para a outra. O sexo é acompanhado de valores muito importantes para o idoso, como a intimidade, a sensação de aconchego, o afeto, o carinho e o amor”, afirma a Drª Adriana.